WhatsApp cria recurso para usuários com conexão bloqueada ou interrompida; entenda

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O WhatsApp anunciou um novo tipo de conexão, por meio de um servidor proxy, para quem tiver a conexão bloqueada ou interrompida poder usar o aplicativo normalmente para se comunicar.

“Isso significa que ao invés de conectar-se no WhatsApp diretamente, pessoas ao redor do mundo poderão se conectar por meio de servidores configurados por pessoas e organizações voluntárias. A conexão via servidor proxy mantém o alto nível de privacidade e segurança que o WhatsApp fornece e as mensagens pessoais permanecem protegidas com a criptografia de ponta a ponta”, diz a empresa por nota enviada ao InfoMoney.

O servidor proxy funciona como um intermediário entre o usuário e a internet, e é o recurso que faz a ponte entre o usuário e o que ele quer acessar quando não é possível se conectar à internet diretamente.

Essa opção já está disponível no menu de configurações para todas as pessoas que usam a versão mais recente do app. A empresa tem uma página em seu blog que explica como acessar o WhatsApp usando o servidor proxy.

Em outra nota em seu blog, a empresa afirma que “a conexão ao WhatsApp pode ser bloqueada em alguns lugares do mundo” e passa instruções para que pessoas e organizações criem servidores proxy. 

Contra censura

O novo recurso vem sendo visto como uma alternativa à censura em alguns países com governos autoritários, como é o caso de Irã e Síria, por exemplo, onde o serviço de mensagens é bloqueado. Nesses países, os usuários precisam usar rede virtual privada (VPN) para navegar no app diante dos bloqueios.

Em nota à Reuters, o WhatsApp afirma que “espera que esta solução ajude as pessoas onde quer que haja necessidade de comunicação segura e confiável”.

O WhatsApp “fará qualquer coisa” dentro de sua capacidade técnica para manter o serviço acessível e não bloquear números de telefone iranianos, disse o serviço de mensagens, segundo a agência de notícias.

Em 2022, o governo do Irã bloqueou o acesso no país ao app de mensagens para limitar o acesso a informações por parte dos manifestantes que protestavam contra o assassinato de Mahsa Amini — uma jovem de apenas 22 anos, que foi morta pela “Polícia da Moralidade” do Irã por estar supostamente utilizando o hijab, vestimenta tradicional islâmica, de maneira inadequada.

(Com imformações da Agência Brasil)

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