Vereador cobra profissionais especializados para atendimento de autistas nas escolas da Capital

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O vereador Betinho (Republicanos) cobrou o Executivo após receber reclamações de pais e mães de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), que alegam dificuldades no ensino dos filhos. O principal problema é a falta de professores auxiliares especializados nas escolas municipais.

O parlamentar ponderou que este é um problema iniciado nas gestões anteriores, mas que cabe à atual prefeita, Adriane Lopes, pavimentar o caminho para uma solução juntamente com o Legislativo. De acordo com o vereador, os familiares reclamam do descumprimento da Lei n° 12.764, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

A medida determina que a pessoa com transtorno do espectro autista incluída nas classes comuns de ensino regular, terá direito a acompanhante especializado. “Ocorre que as mães que têm seus filhos autistas estão sem profissionais para dar atendimento especializado”, afirmou.

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“Isso vem se arrastando há algum tempo. Tenho recebido inúmeros relatos de pais e mães preocupados. Tenho uma agenda marcada com a prefeita nesta semana e vou conversar com ela para que possa rever a contratação de profissionais especializados, já que as pessoas com transtorno do espectro autista têm esse direito por lei”, destacou.

O vereador Professor Juari (PSDB), educador de ofício, contribuiu com a fala de Betinho e disse que chegou a organizar uma audiência pública para discutir os caminhos de uma educação mais inclusiva em Campo Grande, mas os representantes do Executivo não compareceram. Lembrou também que um dos motivos da falta de profissionais é o baixo salário, cerca de R$ 2,1 mil, que favorece a precarização. “Sou professor, sei o que é isso e entendo o que os pais estão passando, assim como sei o que a categoria está passando. Vamos pedir providências”.

Praça fechada

Na sessão, o vereador Betinho também aproveitou a oportunidade para pedir ao Executivo que a Praça da Juventude, inaugurada no Jardim Noroeste, fique aberta aos domingos. “Estive lá fiscalizando o local e constatei que a praça, muito bem construída, fecha aos domingos, que é quando o trabalhador pode descansar, tomar um tereré e levar os filhos para brincar. Vamos pedir para que abra aos domingos”, ressaltou.