O vereador Professor André Luis iniciou um movimento junto à Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande (Agereg) para a instalação de um crematório municipal destinado a animais domésticos. Em um ofício enviado à Agereg, André Luis destacou que a criação desse espaço está prevista no contrato entre a prefeitura e a empresa Solurb, responsável pelo serviço de limpeza urbana na cidade.
Desde 2012, quando a Solurb iniciou suas operações na capital, não houve avanços na implementação do crematório, o que levou o vereador a questionar a falta de cumprimento do contrato. Ele argumenta que, atualmente, muitas famílias recorrem a serviços privados de cremação, disponíveis apenas através de uma empresa na região, o que torna o processo caro e limitado em acesso.
Além da necessidade de oferecer um destino digno aos animais falecidos, o vereador ressaltou os benefícios ambientais da cremação, que evita a contaminação do solo por necrochorume, um líquido resultante da decomposição de corpos enterrados. Segundo o ofício, esse líquido pode conter microrganismos nocivos que comprometem a saúde pública e o meio ambiente.
André Luis solicitou explicações não apenas à Agereg e à Solurb, mas também à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e à Prefeitura Municipal, pedindo um cronograma para a criação do crematório e medidas para resolver o impasse.
Durante uma visita à única empresa que realiza cremação na cidade, o vereador pôde entender melhor o processo e seus benefícios. Ele destacou a importância de respeitar o luto das famílias que perdem um animal de estimação e anunciou planos para propor um projeto de lei que conceda abono de três dias aos servidores públicos municipais que enfrentem essa situação.
O debate sobre o crematório municipal reflete uma crescente conscientização sobre os direitos dos animais e a necessidade de soluções sustentáveis para o manejo de resíduos na cidade.