O vereador Professor André Luis, durante a 62ª sessão ordinária da Câmara Municipal de Campo Grande, nesta quinta-feira (18), manifestou preocupação em relação à falta de mão de obra na capital e sugeriu a revisão dos critérios das bolsas sociais. Segundo o parlamentar, as agências públicas de emprego, como a Fundação Social do Trabalho (Funsat) e a Fundação do Trabalho (Funtrab), oferecem diariamente entre 2 mil e 3 mil vagas, mas os empresários enfrentam dificuldades em preencher essas oportunidades, o que afeta a economia local.
“Há algo errado na cidade, porque temos aproximadamente 3 mil vagas de emprego abertas, mas falta gente para trabalhar. Isso está sendo um transtorno para os empresários”, afirmou o vereador, mencionando casos de empresas que não conseguem completar seus quadros de funcionários. Ele destacou o exemplo de uma fábrica de caixas de papelão que, devido à escassez de mão de obra, está transferindo suas operações para Goiás.
André Luis ressaltou que, apesar de Campo Grande ser a terceira capital com o menor índice de desemprego do país, a falta de interesse em ocupar essas vagas levanta a necessidade de uma análise mais aprofundada. O vereador sugere que o problema pode estar ligado à concessão de bolsas sociais oferecidas pelo governo federal e estadual, como o vale-gás, que beneficiam famílias de baixa renda.
“As bolsas sociais são importantes, mas não podem ser permanentes. Precisamos discutir com seriedade esses auxílios, que estão acomodando as pessoas, impedindo que busquem qualificação e, assim, percam oportunidades de emprego”, enfatizou o parlamentar. Ele mencionou ainda que programas de capacitação, como o Pronatec, estão parados devido à falta de interessados, o que compromete a formação de mão de obra qualificada.
Para o vereador, a revisão das leis que regem as bolsas sociais é fundamental para equilibrar a assistência oferecida à população e o desenvolvimento econômico da cidade. “Precisamos discutir de maneira profunda o impacto dessas bolsas no emprego, pois isso está afetando diretamente o crescimento de Campo Grande”, concluiu.
*Assessoria de Imprensa