
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tornou-se alvo de uma ação judicial nos Estados Unidos, movida pelas empresas Trump Media e Rumble. O processo, que tramita em um tribunal federal da Flórida, alega que Moraes violou leis americanas ao ordenar a suspensão da conta do jornalista Allan dos Santos na plataforma Rumble.
A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, que destaca a acusação das empresas contra o ministro brasileiro. Segundo Chris Pavlovski, CEO da Rumble, a decisão de Moraes teria ignorado o sistema legal americano e utilizado ordens sigilosas para pressionar redes sociais dos EUA a banirem Allan dos Santos globalmente.
A Trump Media, empresa associada ao ex-presidente Donald Trump, se juntou à ação por entender que as restrições impostas à Rumble no Brasil também prejudicam seus negócios. A plataforma de vídeos Rumble fornece serviços essenciais à Truth Social, rede social ligada a Trump.
A Rumble se apresenta como uma alternativa ao YouTube e tem atraído criadores de conteúdo que foram bloqueados em outras plataformas. No Brasil, já foi alvo de decisões judiciais do STF para a remoção de vídeos, mas não cumpriu as ordens por não possuir representação no país.
O jornalista Allan dos Santos, que está no centro da disputa, é investigado pelo STF sob a acusação de disseminação de desinformação e ataques a ministros da Corte. Ele tem um mandado de prisão preventiva expedido contra si, mas permanece nos Estados Unidos, onde reside atualmente, o que impede a execução da ordem brasileira.
Agora, caberá à Justiça americana analisar a denúncia e determinar se houve, de fato, violação da soberania do país pelas decisões do ministro Alexandre de Moraes.