STJ Decide que YouTube pode moderar conteúdos sem ordem judicial

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Superior Tribunal de Justiça Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Nesta quarta-feira (28), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o YouTube tem o direito de moderar e remover conteúdos que violem seus termos de uso, mesmo sem a necessidade de uma ordem judicial. A decisão foi unânime e proferida pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva.

O caso envolveu a remoção de vídeos de um médico que defendia o uso de hidroxicloroquina durante a pandemia de coronavírus. Após ter seus conteúdos removidos e seu perfil bloqueado, o médico processou o YouTube, alegando censura e violação de liberdade de expressão. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) rejeitou os argumentos, levando o médico a recorrer ao STJ.

De acordo com o ministro, é legítimo que plataformas de internet removam conteúdos que violem a lei ou seus próprios termos de uso, exercendo o que chamou de “autorregulação regulada”. Isso significa que as plataformas têm autonomia para aplicar suas diretrizes, mas estão sujeitas ao controle do Poder Judiciário em casos de excessos ou ilegalidades.

A decisão reforça o poder das plataformas digitais em gerenciar o conteúdo disponível em suas redes, desde que respeitem as diretrizes estabelecidas e a regulação judicial quando necessário.

*As informações são do Poder 360ª