
Enquanto a população de Campo Grande enfrenta o caos no transporte coletivo, com a falta de pontos de ônibus cobertos e condições mínimas de infraestrutura, a Câmara Municipal aprovou, em regime de urgência, o Projeto de Lei Complementar nº 952/25.
A proposta trata da criação de pontos de apoio para motoentregadores, que atuam na entrega de alimentos e produtos por meio de plataformas como iFood, Loggi, Rappi, Uber Eats, entre outras.
O projeto foi debatido entre os vereadores na sessão ordinária de quinta-feira (27), gerando discussões sobre a viabilidade e os efeitos dessa medida. Embora a aprovação tenha sido rápida, uma dúvida persiste, a prefeita Adriane Lopes (PP) pode vetar a proposta, o que levaria ao fim da iniciativa.
O projeto autoriza a criação desses pontos de apoio com o objetivo de melhorar as condições de trabalho e o bem-estar dos motoentregadores. Os pontos de apoio terão infraestrutura básica, como banheiros adequados, tomadas para recarga de dispositivos eletrônicos, áreas de descanso, bebedouros com água potável e espaço para estacionamento de bicicletas e motocicletas.
Enquanto isso, a cidade segue sem melhorias no transporte coletivo, que sequer conta com pontos de ônibus decentes e acessíveis. A prefeitura será responsável por buscar parcerias para viabilizar os pontos de apoio, mas fica claro que a prioridade do município está em dar suporte aos motoentregadores, em vez de solucionar problemas estruturais que afetam diretamente a população que depende do transporte público.
Além disso, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas serão proibidos nos pontos de apoio, e a exploração comercial nos espaços também será vedada.