Santa Casa de Campo Grande realiza 9ª captação de órgãos em 2022

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Assessoria de Comunicação da Santa Casa - reprodução

Na última segunda-feira (30), a Organização de Procura de Órgãos (OPO) da Santa Casa de Campo Grande realizou mais uma captação de órgãos. O homem de 36 anos, vítima traumatismo crânio encefálico (TCE), após sofrer acidente de moto, doou rins e fígado. Esta é a 9ª captação de órgãos em 2022, e beneficiou três pessoas.

O fígado captado foi encaminhado para Rio Branco no Acre. E de acordo com o cirurgião responsável, Dr. Juan Rafael Branez, especialista em transplante de órgãos abdominais, esse processo garante uma nova vida para aqueles que aguardam nas filas por um órgão compatível. “Não existe transplante sem doação. Num momento de dor, a família poderá dar vida a outra pessoa e isso significa uma segunda chance com mais qualidade de vida para quem recebe o órgão”, destacou Dr. Juan, que atuou junto com o médico assistente, Dr. Filipe Oliveira.

Já os dois rins do paciente foram encaminhados para São Paulo. A extração dos órgãos foi conduzida pela equipe do Serviço de Urologia da Santa Casa e levados para o destino por meio de voo comercial, onde no hospital, os pacientes aguardavam pelo transplante.

 OPO

A equipe da OPO do hospital é responsável por acompanhar todos pacientes neurológicos graves e também pelo acolhimento dos familiares para que, diante da confirmação da morte encefálica, sejam informados da possibilidade da doação. Sendo de interesse dos familiares, o próximo passo é a busca de possíveis receptores feita pela CET (Central Estadual de Transplante), não existindo condições de transplante no Estado, a busca é realizada no Sistema Nacional de Transplantes (SNT). 

Localizados os receptores compatíveis, inicia-se uma operação de precisão, que necessita cumprir horários rigorosos para que sejam respeitados os prazos máximos necessários para que cada órgão seja transplantado com a menor margem de erro possível.

Neste ano, até abril de 2022, conforme dados levantados pela Organização de Procura de Órgão (OPO), foram registrados 40 diagnósticos de morte encefálica na Santa Casa, sendo que 25 famílias de potenciais doadores foram consultadas, mas apenas oito autorizaram as doações. Uma questão que muito preocupa o serviço, conforme explicou a supervisora de enfermagem da OPO, Paolla Costa Buhler.

“Precisamos falar sobre doação de órgãos nas famílias, para que diante da possibilidade, a vontade do doador em vida seja atendida. E infelizmente a demanda de receptores é bem maior que a oferta dos órgãos nas unidades hospitalares”, afirmou.