A partir de fevereiro de 2025, a prefeita Adriane Lopes e seu primeiro escalão terão um aumento salarial de quase 100%, conforme aprovado pela Câmara Municipal em 2023. O salário da prefeita, que atualmente é de R$ 21.263,62, passará para R$ 41.845,48, enquanto os secretários terão um aumento de R$ 17 mil para R$ 35.657,50.
Embora o aumento tenha sido aprovado por ampla maioria na Câmara, com 26 votos favoráveis e apenas 2 contrários, é difícil justificar essa decisão em um cenário de dificuldades econômicas enfrentadas pela população. O Brasil ainda vive os reflexos de crises econômicas e sociais, com inflação e altos custos de vida.
Será que os recursos públicos estão sendo usados da melhor forma? A medida, em vez de promover confiança, levanta dúvidas sobre a prioridade dada aos interesses da população. Em um momento de posse de novos gestores, essa decisão pode criar um abismo entre os governantes e governados, gerando desconfiança em relação à administração pública.
A questão central não é apenas se os salários são elevados, mas se a população realmente vê retorno desse investimento. O foco da gestão deve ser a melhoria efetiva dos serviços públicos e o atendimento das necessidades básicas da população, e não apenas a valorização de uma pequena elite do serviço público.