PT aciona Ministério Público para ‘barrar’ ato de Bolsonaro em SP

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O Diretório Estadual do PT de São Paulo formalizou uma representação junto ao Ministério Público Eleitoral em relação ao ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro para o próximo dia 25. O partido solicitou medidas preventivas e investigativas para conter possíveis crimes contra o Estado Democrático de Direito, financiamento irregular e propaganda eleitoral antecipada.

O documento, assinado pelo presidente do diretório, deputado federal Kiko Celeguim, destaca que, embora seja reconhecido o direito à livre manifestação de pensamento e realização de eventos públicos, tais atividades não devem confrontar o Estado Democrático de Direito. O pedido de investigação alerta para a possibilidade de a manifestação se tornar um episódio semelhante ao ocorrido em 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília.

O PT também solicita esclarecimentos ao governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e à Polícia Militar sobre os protocolos de segurança planejados para evitar que os atos convocados descambem em um novo movimento de tentativa de ruptura democrática. O governador, que confirmou participação na manifestação em apoio a Bolsonaro no último dia 15, está sendo instado a garantir que a ordem pública seja preservada.

Bolsonaro convocou seus apoiadores para se reunirem na Avenida Paulista vestidos de verde e amarelo, com o intuito de rebater as acusações enfrentadas nos últimos meses. Especial atenção é dada à Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O inquérito investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado articulada para manter Bolsonaro no poder após as eleições de 2022.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, classificou o ato convocado por Bolsonaro como “estarrecedor”. Hoffmann afirmou que o ex-presidente não utilizará a manifestação para se defender, mas para “se contrapor ao devido processo legal, já que as provas contra ele e sua turma não param de aparecer”. A situação levanta preocupações sobre a possível polarização e tensão no cenário político, enquanto as autoridades avaliam as medidas apropriadas para garantir a segurança e a ordem pública durante o evento.

(*) Com informações da Gazeta do Povo

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