
O pedido de urgência para o projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 avançou na Câmara dos Deputados com um detalhe que chamou a atenção: o apoio não veio apenas de parlamentares da oposição ao presidente Lula (PT), mas também de membros de partidos que integram a base governista.
Ao todo, 258 deputados assinaram o requerimento de urgência — uma a mais do que o número mínimo necessário (257). Chamou atenção o apoio de siglas como MDB, União Brasil, PP, PSD e Republicanos, todas com representantes no atual governo e que, teoricamente, deveriam seguir a linha do Palácio do Planalto.
Segundo a colunista Bela Megale, do jornal O Globo, o movimento causou desconforto entre membros do governo, que agora estudam uma possível resposta política às legendas cujos parlamentares contrariaram o alinhamento esperado.
Com a quantidade de assinaturas já alcançada, o pedido de urgência pode ser protocolado e está pronto para ser votado. A decisão de quando isso ocorrerá, no entanto, está nas mãos do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Se for aprovado, o projeto poderá ser votado diretamente no Plenário, sem passar pelas comissões temáticas, acelerando consideravelmente sua tramitação.
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