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A primeira onda de frio intenso de 2025 deve atingir Mato Grosso do Sul no fim de maio e se estender durante a primeira semana de junho. Segundo o Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), os termômetros podem registrar temperaturas próximas de zero grau em algumas regiões do Estado.
Com a chegada do frio, aumenta a preocupação com os impactos no setor pecuário, principalmente com a possibilidade de morte de animais por hipotermia. A situação é considerada grave, já que nos últimos dois anos milhares de bovinos morreram por causa das baixas temperaturas.
Em 2024, foram mais de 3 mil mortes registradas em 38 ocorrências, espalhadas por 14 municípios. Em 2023, o número de mortes chegou a 2.725.
Diante do histórico e da previsão, a Iagro (Agência Estadual de Vigilância Sanitária Animal e Vegetal), órgão vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), emitiu alerta reforçando os riscos e orientando os produtores a tomarem medidas de prevenção. A hipotermia, segundo a Iagro, é causada pela exposição prolongada a temperaturas muito baixas, principalmente em animais debilitados, mal-nutridos, muito jovens ou idosos. A falta de alimentação adequada, ausência de abrigo, condições climáticas extremas e a localização dos animais em áreas desprotegidas são fatores que aumentam os riscos.
Entre as medidas recomendadas estão a oferta de suplementação alimentar de qualidade, especialmente durante o período seco e nas frentes frias, a criação de abrigos ou áreas protegidas para o gado, o acompanhamento veterinário regular e o cumprimento do calendário de vacinação e manejo sanitário.
A Iagro destaca que a colaboração dos produtores é fundamental para manter a saúde do rebanho, garantir a segurança sanitária e alimentar do Estado e preservar a imagem do setor produtivo de Mato Grosso do Sul. Em casos de morte anormal de bovinos, a notificação deve ser feita pelos canais oficiais da agência, conforme descrito na nota técnica.