
A Prefeitura de Campo Grande, sob a gestão de Adriane Lopes (PP), afirma que atua nas ruas da Capital no combate à dengue. No entanto, um problema grave e flagrante em plena região norte da cidade demonstra justamente o contrário, o bairro Nova Lima, mais especificamente a Rua Marquês de Herval, se transformou em um verdadeiro lixão a céu aberto, expondo a total falta de ação da gestão municipal.
O local, que deveria ser um simples acesso à MS-010, acumula toneladas de lixo, entulhos de obras, cadáveres de animais e dejetos orgânicos. Um cenário de total abandono, insalubridade e risco iminente à saúde da população. E, enquanto a prefeitura se diz “atenta” aos problemas da cidade, criminosos descarregam lixo ilegalmente na área, sem qualquer fiscalização ou ação concreta para coibir o crime.
A ausência de intervenção das autoridades é evidente. Nem a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), nem a Patrulha Ambiental da GCM, nem a Polícia Militar Ambiental (PMA) ou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais (Decat) parecem se importar com a gravidade da situação. O que deveria ser um local monitorado, com a presença constante de fiscalização, se tornou um depósito de lixo onde a administração municipal parece não ver.
Criminosos têm descarregado lixo de forma ilegal na área, e o mau cheiro se espalha para os bairros vizinhos, especialmente quando o vento propaga o odor. A ausência de monitoramento, como câmeras de segurança, tem permitido que a situação se agrave, com o lixo tomando conta da via.
A prática de descarte ilegal de resíduos é um flagrante desrespeito à legislação ambiental. A Lei nº 2.909/1992 proíbe o descarte de lixo em áreas urbanas e de expansão, e a Lei nº 9.605/1998, a Lei de Crimes Ambientais, prevê pena de reclusão de um a quatro anos para quem causar poluição com riscos à saúde humana ou à fauna.
Apesar da gravidade do problema, a Prefeitura não respondeu aos contatos da reportagem, que buscou informações sobre as ações de fiscalização e um cronograma para resolver a questão. O espaço continua aberto para manifestação da administração municipal, e a reportagem será atualizada caso haja algum retorno.
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