Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram informados pelo Palácio do Planalto sobre a indicação de Ricardo Lewandowski como novo titular do Ministério da Justiça, substituindo Flávio Dino, que assumirá uma cadeira na Corte. Embora o anúncio oficial ainda não tenha ocorrido, espera-se que seja concluído até o final desta semana, após Lewandowski definir sua equipe.
O encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Lewandowski ocorreu na última segunda-feira (8) no Palácio da Alvorada. Importante destacar que o Ministério da Justiça não será dividido, permanecendo sob a responsabilidade única do novo ministro, e a Segurança Pública continuará integrada à pasta.
Lewandowski, historicamente contrário à separação das áreas, expressou em conversas privadas sua visão de que o desmembramento não é uma tarefa simples, comparando-o a “tirar um paletó” devido à interligação das estruturas. Concordando com Flávio Dino, ele enfatiza a importância de um ministro com comando sobre a Polícia Federal para garantir eficácia.
A escolha de Lula para manter Andrei Rodrigues como diretor-geral da Polícia Federal foi confirmada, enquanto o ex-deputado Wadih Damous (PT), secretário nacional do Consumidor, permanecerá na equipe. No entanto, a manutenção de Ricardo Cappelli como secretário executivo é um ponto de impasse, conforme solicitado por Flávio Dino.
O PSB, partido ao qual Cappelli é filiado, pleiteia a continuidade de membros do partido no Ministério da Justiça, incluindo Tadeu Alencar e Ênio Vaz. Carlos Siqueira, presidente do PSB, destaca a qualificação da equipe atual e a necessidade de manter o progresso alcançado.
O jurista Manoel Carlos de Almeida Neto é cogitado para o cargo de secretário executivo do Ministério da Justiça, sendo indicado como o mais provável até o momento. Ex-secretário-geral do STF e do TSE, Almeida Neto contava com o apoio de Lewandowski para ocupar uma vaga no STF, mas Lula optou por Flávio Dino.
Ainda aguardamos o desfecho dos impasses e a confirmação oficial da nomeação de Ricardo Lewandowski como Ministro da Justiça, marcando um capítulo relevante nas configurações do governo atual.