Um vídeo registrado por uma leitora do Jornal Nova Lima News revelou uma cena preocupante no último domingo (06/08) na Rua Zulmira Borba, no bairro Nova Lima, em Campo Grande. Crianças, adolescentes e adultos foram flagrados soltando pipas em cima do telhado da Emei Regina Vitorazzi Sebben.
As imagens capturadas mostram menores em situação de risco, uma vez que estão sobre a cobertura do prédio escolar, sujeitos a quedas que podem resultar em ferimentos graves. Além do perigo para os jovens, essa atividade irregular também apresenta potencial para causar danos à estrutura do edifício público.
Um agravante é a presença de “linhas com cerol”, um material cortante colocado nas linhas das pipas, que representa outro risco. Moradores relatam que motociclistas, ciclistas e pedestres são expostos a esse perigo.
A situação se agrava ainda mais devido ao uso da localidade por motociclistas que realizam manobras perigosas, conhecidos como “Titanzeiros”. Essas ações não apenas ameaçam a segurança dos próprios envolvidos, mas também causa tumultos e perturbação à ordem pública.
Um dos moradores, que preferiu não ser identificado, relatou ao Nova Lima News que os responsáveis pelas manobras perigosas parecem desafiar as forças de segurança. Segundo ele, as equipes policiais e a Guarda Municipal realizam rondas, mas o problema persiste, com os infratores agindo impunemente e debochando das autoridades.
A população cobra uma resposta mais contundente, coordenada e inteligente das autoridades de segurança pública. Além disso, é levantada a questão da falta de cooperação entre o Conselho Tutelar e a polícia, no que se refere à responsabilização dos pais pelos atos de seus filhos menores.
Em busca de esclarecimentos sobre as ações tomadas para lidar com essa situação, o Jornal Nova Lima News procurou a Polícia Militar do Mato Grosso do Sul (PMMS), que informou sobre o policiamento preventivo e ostensivo na região, realizado pela 11ª Companhia Independente de Polícia Militar, com o apoio de unidades especializadas como o BPCHOQUE, BOPE e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental.
Tentativas também foram feitas para obter uma declaração da Guarda Civil e da Guarda Civil Metropolitana (GCM), no entanto, até o momento da publicação desta reportagem, não houve retorno por parte das autoridades. O espaço permanece aberto para futuras manifestações.
A equipe de jornalismo adotou medidas de proteção à infância, conforme as diretrizes estabelecidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), borrando o vídeo para preservar a identidade das crianças envolvidas.
(*) Matéria editada às 14:15h do dia 08/08 para adição de resposta da PMMS