PGR arquiva queixa-crime contra Alexandre de Moraes apresentada pelo Partido Novo

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O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, durante cerimônia de posse do diretor-geral da PF, na sede da corporação, em Brasília.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar a queixa-crime movida pelo Partido Novo contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A acusação alegava suposta falsidade ideológica e formação de quadrilha, após notícias de que Moraes teria utilizado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora dos ritos processuais para investigar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com o Partido Novo, Moraes teria cometido falsidade ao disfarçar que as informações usadas nos inquéritos foram extraídas de relatórios que ele próprio solicitou. A Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, considerou que o envio de material informativo faz parte das funções regulares da assessoria e que os documentos encaminhados apenas refletiam conteúdos publicados em redes sociais.

A PGR afirmou que não houve falsidade nos documentos, que apenas reproduziram informações públicas e que as ações do ministro foram realizadas dentro das competências constitucionais. Gonet destacou ainda que não há dúvida sobre a veracidade dos fatos retratados nos documentos.

Defendendo o ministro, a presidente do TSE, Cármen Lúcia, e os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes reforçaram a legitimidade das ações de Moraes. Eles destacaram que as investigações conduzidas por ele seguiram a legalidade, respeito aos direitos individuais e compromisso com a verdade, ressaltando a importância da independência das instituições democráticas.

As supostas irregularidades foram originalmente reveladas pelo jornal Folha de S.Paulo, que afirmou que o gabinete de Moraes no STF teria dado ordens não oficiais para a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral, usados em decisões contra aliados de Bolsonaro durante e após as eleições de 2022.

*Agência Brasil