Petrobras anuncia mudanças nos preços dos combustíveis; etanol é mais ecônomico

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O retorno da cobrança de impostos sobre a gasolina teve um impacto considerável nas finanças dos motoristas ao longo de 2023. Apesar de uma diminuição nas últimas sete semanas, o custo médio por litro de combustível subiu R$ 0,80, passando de R$ 4,96 para R$ 5,76, a partir da última semana de dezembro de 2022.

Essa elevação de 16,13% corresponde a um aumento real de 12,2% (superior à inflação) durante o ano, resultando em um acréscimo de R$ 40 no custo de abastecer um tanque de 50 litros, o que equivale aos modelos Hyundai HB20, Renault Sandero e Volkswagen Fox.

Os dados divulgados pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) também destacam a importância de fazer uma pesquisa antes de encher o tanque, já que os preços por litro de gasolina variam entre R$ 4,75 e R$ 7,59, apenas no estado de São Paulo.

Na quinta-feira (19), a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,12 no preço da gasolina nas distribuidoras, a partir deste sábado (21). No entanto, essa diminuição não se reflete imediatamente nos postos de gasolina, enquanto o diesel terá um aumento de R$ 0,25.

Como alternativa para os proprietários de carros flex, o etanol está 6,7% mais barato neste ano, com um preço médio de R$ 3,61 por litro nos postos. Na última semana de 2022, o preço médio do etanol nos postos era de R$ 3,87.

Diante dessas oscilações, o abastecimento com etanol é vantajoso em sete estados e no Distrito Federal, onde o preço médio do etanol é inferior a 70% do preço da gasolina. Essa análise leva em consideração que um veículo abastecido com álcool consome mais litros para percorrer a mesma distância em comparação com a gasolina.

A disparidade nas oscilações entre os dois tipos de combustível pode ser atribuída ao retorno da cobrança de PIS/Cofins e Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, que voltou a ser aplicada integralmente no mês de julho. Além disso, a decisão da Petrobras de elevar em R$ 0,41 (um aumento de 16,3%), passando de R$ 2,52 para R$ 2,93, os preços médios da gasolina vendida nas distribuidoras, em agosto, também exerceu pressão nos preços. Essa decisão foi a primeira desde o fim da política de paridade internacional dos combustíveis, anunciada em maio.