Pedreiro é preso por armazenar 400kg de maconha e armas de fogo em ‘Paiol do Crime’ em Campo Grande

Uma operação da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos e Resgate a Assaltos e Sequestros (GARRAS) resultou na descoberta de um verdadeiro “paiol do crime” em uma residência no Jardim Canguru, em Campo Grande. A casa abrigava quase 400kg de maconha, nove armas de origem internacional e 250 munições, material que foi apreendido pela Polícia Civil na manhã de terça-feira (1°). A investigação agora se concentra em apurar a possível ligação com facções criminosas.

Apreensão e Prisão

O local, que pertencia a um pedreiro de 31 anos, cujo nome não foi revelado, estava sendo monitorado pela equipe do GARRAS após informações de que o suspeito estaria armazenando materiais ilícitos. A operação culminou na prisão em flagrante do homem, que não possuía antecedentes criminais. O suspeito foi encontrado em uma edícula onde morava com a mãe, que desconhecia a presença do material ilícito.

Armas de Origem Internacional e Munições

Durante a apreensão, a polícia encontrou revólveres de calibres variados, de fabricação belga, israelense, turca e filipina, além de munições argentinas. O delegado responsável pela operação, Guilherme Scucuglia, destacou a importância das investigações, informando que as armas serão periciadas para verificar se foram usadas em homicídios. “A quantidade de armas, drogas e munições retiradas das ruas pode impedir a realização de crimes extremamente graves”, afirmou.

Investigações e Participação de Facções Criminosas

A Polícia Civil acredita que tanto as drogas quanto as armas foram recentemente transportadas para a residência no Jardim Canguru, seguindo uma prática comum de organizações criminosas que transferem seus ilícitos para dificultar a localização e apreensão. O delegado Guilherme Scucuglia mencionou que, apesar de o pedreiro não ter passagens policiais, o uso de pessoas com histórico limpo tem se tornado uma estratégia para dificultar as investigações.

“As investigações iniciais sugerem a possibilidade de envolvimento de facções criminosas, e isso será apurado de forma mais aprofundada”, destacou Scucuglia. Ele explicou que a movimentação das armas e drogas, e a complexidade do processo de busca e apreensão, são indicativos de que essas ações estão sendo realizadas por grupos organizados, que buscam esconder suas atividades.

Próximos Passos da Investigação

A polícia continuará as diligências para identificar outros envolvidos no caso e analisar se há conexão com outras organizações criminosas ou com crimes recentes. A apreensão do material é considerada um grande golpe contra o tráfico de drogas e a violência armada, com o intuito de desmantelar as operações de facções que agem na capital.

O caso segue sob investigação, e novas informações podem ser divulgadas conforme o andamento dos trabalhos da Polícia Civil.