
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (13) a 5ª fase da Operação Sisamnes para investigar crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, câmbio ilegal, evasão de divisas e organização criminosa.
A investigação aponta a existência de uma rede financeira e empresarial usada para ocultar o pagamento de propinas. O esquema teria sido montado para viabilizar a compra de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ), dificultando a identificação dos envolvidos.
Com autorização do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), são cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. Também foram determinados o bloqueio de cerca de R$ 20 milhões, a apreensão de passaportes e a proibição de saída do país dos investigados.
As diligências foram autorizadas após pedido da Polícia Federal e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR). Também foi permitida a quebra de sigilo de dados, inclusive armazenados em nuvem, além da apreensão de celulares, computadores e mídias.
Entre as medidas cautelares, está ainda a proibição de contato entre os investigados. Para o relator, há indícios de simulações de empréstimos e negócios fictícios para devolver valores de forma disfarçada.
A PF identificou quatro métodos usados no esquema: saques e depósitos em espécie, contas de passagem, boletos sem lastro real e operações de câmbio com doleiros.
A investigação começou após o assassinato do advogado Roberto Zampieri. O celular apreendido com ele revelou mensagens sobre acesso indevido a decisões judiciais e possível favorecimento em processos.
(*) Com informações da PF e STF.