
A diretora técnica para Preparação e Prevenção de Epidemias e Pandemias da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou nesta terça-feira (6) que a covid-19 permanece “bastante presente” em todos os países. Dados de sistemas de vigilância em 84 países mostram um aumento substancial na detecção de testes positivos para a doença.
Segundo a OMS, houve um aumento geral de 10% na taxa de testes positivos para covid-19, variando por região. Na Europa, o aumento foi de 20%. Monitoramentos de águas residuais indicam que a circulação do vírus pode ser entre duas e 20 vezes maior do que o relatado. Maria alertou sobre o risco de novas mutações perigosas do vírus.
Durante uma coletiva de imprensa em Genebra, Maria relatou um aumento no número de internações e mortes por covid-19 em diversos países. Este aumento é incomum para esta época do ano, pois os vírus respiratórios costumam circular mais durante o inverno no Hemisfério Norte.
Compartilhamento de Dados
Maria destacou a falta de dados completos sobre a covid-19. De 234 Estados-membros, apenas 34 reportaram dados sobre hospitalizações; 24 sobre internações em UTIs; e 70 sobre mortes. “Estamos cegos quanto aos impactos da covid”, disse, enfatizando a importância dos dados para estabelecer o nível de risco da doença.
Queda na Vacinação
A diretora da OMS expressou preocupação com a queda alarmante nas taxas de vacinação contra a covid-19, especialmente entre profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos. Maria pediu que os governos aumentem a vigilância e invistam na aquisição de vacinas.
Recomendação de Vacinação Anual
Maria recomendou que as pessoas tomem medidas individuais para reduzir o risco de infecção, incluindo tomar uma dose da vacina contra a covid-19 a cada 12 meses, especialmente os grupos de risco. Desde 2021, bilhões de doses foram administradas com segurança em todo o mundo, prevenindo milhões de casos graves e mortes.
“A falsa percepção de que o vírus foi embora comprometeu seriamente as taxas de cobertura vacinal. O vírus está aqui para ficar, mas o impacto futuro da covid-19 depende de nós”, concluiu.
Com informações: Agência Brasil