Novo salário mínimo de R$ 1.518 entra em vigor nesta quarta-feira (1º)

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Foto: Agência Brasil

A partir desta quarta-feira (1º), o salário mínimo no Brasil passa a ser de R$ 1.518, um aumento de R$ 106 em relação ao valor de 2024, que era de R$ 1.412. O reajuste, que inclui 2,5% de aumento real acima da inflação, foi oficializado por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última segunda-feira (30). A atualização começará a ser refletida na renda dos trabalhadores e beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) a partir de fevereiro.

Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o novo piso salarial beneficia diretamente 60,3 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais e aposentados. O aumento segue a política de valorização do salário mínimo, retomada em 2023, que considera a inflação acumulada e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos anteriores, limitado a 2,5%, conforme a nova legislação fiscal sancionada por Lula na última sexta-feira (27).

Impactos e limites

O salário mínimo também influencia benefícios como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, abono salarial PIS/Pasep e o BPC (Benefício de Prestação Continuada). O governo estima que, para cada R$ 1 de aumento no piso, os gastos públicos crescem em aproximadamente R$ 355,5 milhões.

Para equilibrar os custos, o reajuste futuro do salário mínimo será vinculado ao arcabouço fiscal, que limita o aumento das despesas a um teto de 2,5% ao ano. Essa regra busca garantir que os aumentos sejam sustentáveis e compatíveis com o orçamento federal.

Histórico de reajustes

Confira os valores e percentuais de aumento do salário mínimo nos últimos anos:

  • 2024: R$ 1.412 (+6,97%)
  • 2023: R$ 1.320 (+8,91%)
  • 2022: R$ 1.212 (+10,04%)
  • 2021: R$ 1.100 (+5,2%)
  • 2020: R$ 1.045 (+4,7%)