
Entre 19 e 23 de maio, o Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS), com apoio da Auditoria Fiscal do Trabalho, Polícia Militar Ambiental e Ministério Público da União, resgatou trabalhadores em condições de trabalho escravo em propriedades rurais de Anastácio e Paraíso das Águas.
Em Paraíso das Águas, 16 trabalhadores, incluindo dois adolescentes, foram encontrados em situação irregular. Quatorze eram paraguaios, sem registro e com jornada obrigatória de 90 dias, sob risco de desconto de despesas, configurando servidão por dívida. O gerente da fazenda tentou esconder os empregados durante a fiscalização.
Em Anastácio, três trabalhadores estavam alojados em condições precárias, sem saneamento básico e sem registro formal. O empregador fornecia só carne, e os demais alimentos eram pagos pelos trabalhadores.
Desde janeiro de 2025, 52 trabalhadores foram resgatados em MS em condições análogas à escravidão.
O MPT-MS deve realizar audiência em junho para propor um acordo com os empregadores. Denúncias podem ser feitas pelos sites do MPT-MS e da Inspeção do Trabalho ou nas unidades do MPT-MS.