
O Consórcio Guaicurus prorrogou o prazo de negociações para o aumento exigido de 16% no salário dos trabalhadores do Transporte Coletivo de Campo Grande. Uma reunião foi marcada para terça-feira (27), sendo assim, a paralisação que estava marcada para amanhã está suspensa.
Caso a empresa (Consórcio) não respondesse a solicitação dos profissionais para uma reunião até às 17h desta segunda-feira (26), os motoristas deflagrariam greve e nenhum ônibus sairia das garagens nesta terça-feira (27).
Segundo o presidente do STTCU-CG (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande). “O Consórcio marcou uma reunião para amanhã às 10h. Como o combinado era que se marcasse esse encontro nós suspenderíamos a paralisação. Eles não quiseram parar e resolveram marcar a reunião. Vamos retomar amanhã, mas claro, com proposta”, finalizou.
Na semana passada, através de um vídeo compartilhado nas redes sociais, o sindicalista apontou que o Consórcio não estava mais negociando com os motoristas, mesmo a data base para o reajuste anual ter sido ultrapassada há um mês. “Por conta disso, estaremos paralisando os ônibus, fechando as garagens, até que se retorne as negociações”, disse. “A partir do momento em que houver a retomada das negociações, os motoristas voltarão ao trabalho normal”, complementou.
Os motoristas pedem aumento salarial de 16% para o próximo ano, além da renovação de todas os benefícios socais, como plano de saúde, vale alimentação, entre outros.
O Consórcio Guaicurus, por sua vez, pede que o novo valor do passe de ônibus seja de pelo menos R$ 8,00 considerando diversos fatores, como a alta do combustível, o INPC (Índice Nacional de Preço ao Consumidor e, também, a folha de pagamento.
A Agência Municipal de Regulação (Agereg) é o órgão responsável por analisar e decidir sobre o aumento da tarifa. A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota) ainda não sinalizou sobre o eventual novo valor da tarifa.
Sobre a possiblidade da grave, o Consórcio Guaicurus disse, em nota à imprensa na semana passada, que já enfrenta dificuldade financeira para pagar os atuais valores e que “não possui a menor condição de firmar compromisso futuro diante do risco de o mesmo não vir a ser cumprido”. Em outro trecho, reforça a necessidade do aumento no valor do passe para o reajuste e que o seu departamento jurídico estuda as medidas que poderão ser adotadas diante da greve.