Notícias
Colunistas
Nossa Visão
O motorista da Fiat Strada que atropelou e matou o idoso Rubens Ribeiro Machado, de 78 anos, na rua Zulmira Borba, no bairro Nova Lima, se apresentou à polícia na tarde de ontem (22). O acidente ocorreu no começo da noite de quinta-feira (18).
O autor, de 60 anos, foi até a delegacia acompanhado de sua advogada. Durante depoimento, ele alegou que fugiu do local do acidente por medo de ser agredido.
O motorista informou ainda que estava trafegando com sua caminhonete pela rua Zulmira Borba, no sentido bairro-centro, quando foi ‘surpreendido’ por um pedestre atravessando a via. Ele afirmou que não teve tempo de realizar qualquer manobra para evitar a colisão, e o idoso foi arremessado sobre o capô do veículo, caindo em seguida no chão.
Tentando se justificar, o condutor disse que parou seu veículo cerca de 50 metros à frente, mas ao perceber a aglomeração de pessoas próximas ao pedestre se preocupou com sua integridade física e decidiu deixar o local.
Somente no dia seguinte (19), por meio de jornais, ficou sabendo que o pedestre havia falecido em decorrência do acidente. Diante disso, entrou em desespero e acionou sua advogada para informar dos fatos e se apresentou espontaneamente à Polícia Civil para prestar esclarecimentos.
Ainda sobre a velocidade em que estava, o motorista se justificou dizendo estar trafegando a aproximadamente 30 km/h e ter passado por um quebra-molas momentos antes da colisão. Ele também mencionou que, devido ao horário, já estava escuro, o que dificultou sua visão devido aos reflexos das luzes dos veículos que vinham no sentido contrário.
O condutor afirmou fazer tratamento para depressão e usa medicamentos controlados, ressaltando que não faz uso de bebidas alcoólicas para não prejudicar seu tratamento. Ele estava sozinho no momento do acidente e não pôde fornecer nomes de testemunhas que pudessem ter presenciado o ocorrido.
O motorista possui carteira de habilitação em dia, assim como os documentos de seu veículo, que estava de acordo com as normas de trânsito. Segundo ele, o pedestre atravessava a via pela metade e não estava na faixa de pedestre. Ele entregou à autoridade policial a mídia contendo as imagens do atropelamento.
O caso segue em investigação e é tratado como homicídio culposo, caracterizado quando não há intenção de matar, além de fuga do local do acidente. O motorista foi liberado logo após passar pelo interrogatório na sede da 2ª Delegacia de Polícia Civil.