Moradores do Mandela protestam por igualdade na distribuição de moradias em Campo Grande (vídeo)

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Reprodução - Live

Na noite desta quarta-feira (27), moradores da Comunidade Mandela, localizada em Campo Grande, se reuniram na Rua Elmira Ferreira de Lima em um ato de protesto e indignação. O motivo desse protesto era a alegação de que a Prefeitura Municipal, por meio da Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), estava realizando uma seleção desigual na distribuição de moradias dignas.

Segundo os relatos dos moradores, a Prefeitura havia prometido realocar todos os habitantes da Comunidade Mandela e oferecer residências adequadas para todos. No entanto, a realidade que eles alegam vivenciar é a de que a prefeitura teria dividido os moradores em grupos, selecionando alguns para entrevistas e deixando outros sem qualquer perspectiva de moradia digna. Essa situação provocou um sentimento de revolta entre os habitantes da comunidade.

Os moradores afirmaram que só concordarão em deixar a Comunidade Mandela quando a Emha convocar todos eles e permitir que saiam juntos da área que ocupam atualmente. Além disso, a comunidade está indignada com a informação de que famílias solteiras não receberão casas, mas sim o que foi denominado como “aluguel social”.

A Polícia Militar (PMMS) enviou um contingente de policiais, incluindo equipes do Batalhão de Choque, para garantir a segurança e evitar o bloqueio da via pública. Felizmente, de acordo com informações obtidas junto às fontes de segurança pública, o protesto transcorreu de forma pacífica, sem incidentes registrados.

Buscamos contato com a Emha para obter um posicionamento sobre a situação.Em nota a Emha informou que:

“A Emha (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) informa que, nos dias 20 e 21 de setembro, realizou o atendimento de 92 famílias residentes na comunidade Mandela. O objetivo foi apresentar propostas de habitação de interesse social aos moradores inscritos no Cadastro Geral de Habitação da Capital, conferindo-lhes prioridade na fila da agência. Adicionalmente, ressalta-se que os moradores que ainda não foram convocados serão notificados durante o mês de outubro com o propósito de buscar apresentar as alternativas para a solução habitacional da comunidade.”

(*) Matéria atualizada às 14h50 do dia 29/09 para inclusão do posicionamento da Emha.

Confira a cobertura do protesto no Jornal Nova Lima News:

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