Moradora do Colúmbia pode perder a perna por falta de leito hospitalar na Capital

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Idosa, de 73 anos, sem leito hospitalar / Foto: Fale Agora Nova Lima News
Idosa, de 73 anos, sem leito hospitalar / Foto: Fale Agora Nova Lima News

A idosa Antônia Souza da Silva, de 73 anos, moradora do bairro Jardim Colúmbia, em Campo Grande, está aguardando um leito hospitalar no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, há pelo menos 24 horas.

De acordo com informações de uma familiar, que encaminhou a denúncia ao Jornal Nova Lima News através do Fale Agora, a idosa segue sentada em cadeiras, pois não há leitos disponíveis.

Segundo a familiar, Antonia sofre com problemas de saúde em razão de ter sido atropelada por um ônibus em 2016. Desde o ocorrido enfrenta as sequelas do grave acidente.

De acordo com informações apuradas pela reportagem, a idosa segue com suspeita de necrose no dedo mindinho do pé direito. A equipe médica analisa se é caso de amputação do membro. Enquanto isso, a família de Antonia busca um leito hospitalar para a idosa.

“Já conversamos com todos que poderíamos, mas a resposta é a mesma; superlotação,” disse a familiar indignada.  

Idosa apoia as pernas em cadeiras por falta de leito.

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande, encaminhou uma nota ao Jornal Nova Lima News, sobre a situação da idosa Antônia Souza da Silva, de 73 anos, que está internada na unidade em cadeiras por falta de leito.

A unidade de saúde informou que desde 2021 enfrenta problemas com superlotação, contudo, a SESAU (Secretaria Municipal de Saúde) insiste em encaminhar pacientes.

Confira a nota na íntegra:

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap) se posiciona solidariamente ao sentimento de insatisfação da usuária do Sistema Único de Saúde e de seus familiares.

Ocorre que desde agosto de 2021 o Pronto Atendimento Médico (PAM) do Humap tem vivenciado situação permanente de superlotação. Nesta quarta-feira (07/12) temos no Pronto Atendimento Médico Adulto: 38 pacientes na área verde (para 3 vagas), 8 pacientes na área amarela (para 8 vagas) e 14 pacientes na área vermelha (para 6 vagas).

Destacamos que diariamente informamos à Sesau sobre a superlotação e reiteramos o pedido para que não enviem novos pacientes, mas novos pacientes continuam sendo encaminhados pela Central de Regulação, desrespeitando o que foi contratualizado.

O fato é que o HU tem um contrato com secretaria de saúde municipal e estadual para ter um número determinado de leitos, recebemos pelo atendimento nestes leitos, temos quantitativo de profissionais para atender a quantidade de pacientes para os quais temos leitos contratualizados. Nem o HU nem hospital nenhum tem recursos para atender pacientes extras ou adquirir novos leitos. Não temos como chamar profissionais de acordo com a demanda, pois os profissionais são concursados.

A superlotação nos hospitais é problema de políticas públicas, e sua solução depende dos governos federais, estaduais e municipais destinarem mais recursos para os hospitais, de abrirem mais leitos e especialidades médicas nas cidades do interior para que os pacientes não tenham que ser enviados para a capital, de ampliar os programas de atendimentos domiciliares, para que os pacientes em estado menos crítico possam desocupar leitos de hospitais, aumentando a rotatividade desses leitos.

As equipes médicas e assistenciais estão sempre atentas às necessidades dos pacientes e acompanhantes e buscam acomodá-los da melhor maneira possível dentro das possibilidades estruturais do hospital. Ocorre que, assim como a referida paciente, hoje mais da metade dos pacientes no Pronto Atendimento Médico são idosos.

Cobertura do Jornal Nova Lima News

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Sobre Vinícius Santos 5887 Artigos
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