
Na tarde de terça-feira (9), um menino de 8 anos morreu em Santa Izabel do Pará, Belém, após ser atingido por uma linha cortante enquanto voltava da casa de familiares com seu pai em uma motocicleta. A criança, que estava sentada na parte do tanque do veículo, sofreu um corte no pescoço causado pela linha. O pai tentou evitar o acidente, mas não conseguiu evitar o ferimento. O menino foi levado ao Hospital Municipal, onde faleceu pouco depois. O caso foi confirmado pela Polícia Civil.
Em Mato Grosso do Sul, assim como em vários estados do Brasil, as linhas com cerol e chilenas são proibidas. Estes materiais são usados em pipas, mas são altamente cortantes e representam risco de acidentes graves. A linha com cerol é tradicionalmente feita com cola e vidro moído, enquanto a linha chilena é composta por algodão misturado com óxido de alumínio e pó de quartzo. A linha indonésia, sintética e feita com carbeto de silício e cola cianoacrilato, é ainda mais perigosa, sendo quatro vezes mais cortante que a linha com cerol.
A Secretaria de Segurança e Defesa Social (Sesdes) destaca que não é crime soltar pipa em áreas abertas e seguras, mas o uso de linhas cortantes é proibido. Adultos, adolescentes e crianças flagrados com essas linhas têm os itens apreendidos e são orientados a usar linhas de barbante, 100% algodão, consideradas seguras. Em Campo Grande, a Lei Complementar nº 116/08 prevê multa de R$ 1 mil para quem for pego usando linha cortante, e em casos envolvendo crianças, a penalidade é aplicada aos pais.