
Com a crescente demanda nas unidades de urgência e emergência devido ao aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Campo Grande, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) promoveu, na última quarta-feira (16), uma capacitação prática em Manejo de Vias Aéreas. A ação teve como foco médicos que atuam nas áreas vermelha e amarela da rede pública e foi realizada em parceria com a Coordenadoria Geral de Especialidades da Sesau (CGES).
Ministrada pelo médico Ian Chaves, a formação foi dividida em dois turnos e reuniu 60 profissionais. O treinamento abordou técnicas fundamentais de intubação orotraqueal em adultos e crianças, com o objetivo de padronizar procedimentos e garantir maior eficiência e segurança durante os atendimentos críticos.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, destacou a importância de investir na qualificação dos profissionais da linha de frente. “Essa capacitação é mais uma estratégia da gestão para cuidar de quem cuida. Sabemos que a pressão nas emergências aumenta nesse período, e preparar nossos profissionais é garantir qualidade no atendimento e salvar vidas”, afirmou.
De acordo com a coordenadora da Rede de Urgência e Emergência, Ana Paula Cangussu, a demanda pelo treinamento é alta e novas turmas já estão sendo planejadas. “Nosso compromisso é garantir que todos os médicos estejam preparados para os desafios dessa sazonalidade respiratória”, disse.
Para a médica infectologista Letícia Marques Brandão, da CRAUE, a ação é fundamental para atualizar protocolos e práticas diante do cenário atual. “Estamos oferecendo um espaço de troca, com foco em técnicas e dúvidas práticas, utilizando os recursos já disponíveis nas unidades”.
Números preocupam
Segundo o boletim epidemiológico mais recente da Sala de Situação da Sesau (divulgado em 15/04), já foram registradas 842 notificações de SRAG em 2025, com 405 casos confirmados e 19 mortes. Os principais vírus identificados até agora foram Influenza (118), Rinovírus (86) e Covid-19 (44).
Além disso, a média diária de atendimentos por doenças respiratórias nas unidades de saúde ultrapassou 1.800 registros nas primeiras semanas de abril.
