
Em entrevista à BandNews TV na segunda-feira (8), Kleyton Carvalho, diretor-técnico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e responsável pelo resgate da tripulação do voo que vitimou Marília Mendonça e outras quatro pessoas, falou sobre o cenário encontrado quando chegou ao local do acidente, que aconteceu na última sexta-feira (5).
“Quando cheguei ao local, de muito difícil acesso, uma coisa que chamava bastante atenção também era a quantidade de combustível. Era muito combustível no local. Sem contar também que não sabíamos se a aeronave ia cair ou não sobre a cachoeira, né? É um dos atendimentos mais complicados, se não for o mais complicado que realizei até hoje” contou.
Carvalho disse ainda que foi a primeira pessoa a conseguir entrar no avião. De acordo com ele, o corpo de Marília estava perto da poltrona.
“Verifiquei todos os sinais vitais, para ver se contava com vida. Era a nossa esperança, né? Era só isso que nós queríamos naquele momento” relatou o médico do Samu.
Carvalho também falou que a causa da morte pode ter sido politraumatismo.
“Provavelmente a causa da morte realmente foi politraumatismo. Não se sabe nada. Se eles estavam de cinto ou não, não sei afirmar se ele [o cinto] rompeu durante a queda ou [em] outro momento”.
Segundo o relato do médico, os corpos de Marília Mendonça, Henrique Bonfim Ribeiro e Abicieli Silveira Dias estavam no meio da aeronave. Mais adiante, foram encontrados os corpos do piloto, Geraldo Martins de Medeiros, e do copiloto, Tarciso Pessoa Viana.
“Nós mesmos estávamos acostumados com acidentes no qual a aeronave toda se deflagra, se quebra, né… mas, pelo que estava dentro, pela situação com que eu me deparei, é quase impossível [as vítimas] estarem com vida. A aeronave estava bastante danificada, bastante quebrada. Tinham pertences e malas sobre as vítimas. Por fora, realmente parecia que o estrago não foi tão grande. Era muito difícil, pelo estado da aeronave, ter alguém com vida”.
Por: Alzira Gavilan
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