
Um ano após os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023, mais de 500 pessoas já foram condenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo um levantamento do portal Poder360, dos 1.624 réus no total, 523 já receberam sentença condenatória, enquanto apenas oito foram absolvidos e seis morreram ao longo do processo.
Outros 540 investigados fizeram acordos com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Esses réus admitiram participação nos crimes e, em troca, escaparam da condenação formal, assumindo compromissos como prestar serviços comunitários, participar de cursos sobre democracia e deixar de usar redes sociais por um período. Os acordos foram permitidos apenas para quem não se envolveu diretamente em atos de violência.
Quem participou dos atos mais agressivos, como invasão e depredação de prédios públicos, não pôde negociar. Um exemplo é Débora Rodrigues, acusada de pichar a estátua da Justiça. O julgamento dela será retomado no próximo dia 25 de abril.
Segundo dados do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, 55 pessoas ainda seguem presas preventivamente, 84 estão cumprindo pena em regime fechado e 5 estão em prisão domiciliar. O STF já abriu 1.602 ações penais até o momento.
Grande parte dos réus participou dos acampamentos montados em frente a quartéis do Exército após a eleição de 2022, pedindo intervenção militar. Como muitos processos estão sob sigilo e novas decisões são publicadas semanalmente, os números podem continuar mudando.