A Justiça converteu em preventiva a prisão do Guarda Civil Metropolitano (GCM), de 38 anos, detido em flagrante nesta terça-feira (15) pela Força Tática da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (PMMS). Ele é suspeito de envolvimento em roubos/assaltos de celulares na região da favela do Quadrado, área norte de Campo Grande.
A prisão foi realizada após denúncias e rastreamento de um dos celulares subtraídos. Com o suspeito, a equipe localizou dois aparelhos, outros dispositivos eletrônicos, um simulacro de arma de fogo e uma motocicleta.
Ele foi reconhecido por duas vítimas, de 31 e 18 anos, e conduzido ao Cepol (Centro Especializado de Polícia Integrada), onde permaneceu em silêncio ao ser interrogado, informando apenas que faz uso eventual de cocaína.
Na audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (16), o juiz plantonista Jorge Tadashi Kuramoto converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva. Em sua decisão, o magistrado afirmou:
“Trata-se de fato grave, cuja materialidade está evidenciada no auto de prisão em flagrante, sendo que o aparelho celular subtraído foi localizado em poder do custodiado. Ademais, a localização do objeto, bem como o reconhecimento do autor por uma das vítimas, reforçam os indícios de autoria. Assim, embora as condições subjetivas do custodiado possam, em tese, ser consideradas favoráveis, estas não são suficientes para afastar a necessidade de segregação cautelar, diante da necessidade de garantia da ordem pública. Por tais razões, concluo pela inadequação da aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.”
Durante a audiência, o GCM relatou que teria sido agredido durante a abordagem policial. O juiz determinou que a Corregedoria apure as alegações, mas negou relaxamento da prisão (soltura).
O agente deve ser encaminhado a uma unidade prisional da Capital, e a defesa poderá recorrer da decisão.
Outro lado – Em nota, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes), informou:
“O servidor encontra-se afastado de suas funções e já está respondendo a processo de demissão. A conduta recente será anexada ao procedimento administrativo já em andamento.”
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