Jovem desaparece após ser ameaçado por agiotas no Nova Lima

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Depac Centro - Foto: SINPOL

Um jovem de 25 anos desapareceu nesta segunda-feira (16), no bairro Nova Lima, em Campo Grande, após receber ligação de um agiota cobrando uma dívida. Segundo relato do pai à polícia, o rapaz estava viciado no jogo do tigrinho e em tratamento psicológico para lidar com o transtorno causado pelo vício.

De acordo com a família, o jovem vestia um uniforme cinza da empresa onde trabalha, além de botinas marrons. Ele é branco, tem cabelos castanhos e usa barba. A polícia investiga o caso.

Apoio aos casos de vício em jogos
Diante do aumento de problemas relacionados a apostas, a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) de Campo Grande ampliou o atendimento a pacientes com transtornos ligados ao jogo. As Unidades de Saúde da Família (USFs) e Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) foram orientados a prestar suporte aos pacientes e seus familiares, conforme nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde.

Sinais de alerta
A coordenadora de Saúde Mental do município, Gislayne Budib, enfatizou a importância de identificar sinais como alterações no sono, isolamento social, aumento do uso de álcool e drogas e comportamento autodestrutivo. Casos leves podem ser tratados na atenção primária, enquanto os graves requerem acompanhamento especializado nos CAPs.

Vício em apostas no Brasil
O vício em jogos afeta até 9,9% da população mundial, segundo a OMS, e está associado a transtornos como ansiedade e comportamento suicida. No Brasil, 13% dos adultos declararam participar de apostas esportivas nos últimos 30 dias, conforme pesquisa DataSenado. O problema impacta especialmente famílias vulneráveis, que chegam a gastar 32% mais de sua renda em jogos do que aquelas com maior poder aquisitivo.

Orientações à população
Casos de transtorno de jogo podem ser tratados nas USFs ou CAPs de Campo Grande. Mais informações sobre unidades de atendimento estão disponíveis no site da SESAU: www.campogrande.ms.gov.br/sesau.