
Em tempos de tecnologia e comunicação veloz, há quem ainda encontre espaço para a poesia e mais do que isso, faça dela um ato de resistência e expressão pessoal. Foi com esse sentimento que o jornalista Gildo Souza decidiu participar de um concurso de poesia, movido pelo desejo de mostrar que os poetas ainda existem na pós-modernidade.
“Quis levar ao conhecimento das pessoas que ainda existem poetas hoje, e o concurso é um espaço ideal para destacar novos talentos”, afirmou.
Acostumado ao ritmo apressado das redações e à prática da escrita objetiva, Gildo afirma que escrever poesia é uma experiência completamente diferente. “Jornalismo é uma técnica que se aplica no dia a dia. A poesia é única, singular, nasce no ímpeto da alma”, explica. Enquanto o jornalismo exige apuração, clareza e precisão, a poesia surge de forma espontânea, emocional.
O poema inscrito no concurso tem inspiração direta nas raízes do autor: o bairro Nova Lima, onde nasceu, cresceu e ainda vive. “Foi minha principal inspiração. É um lugar que carrego comigo em cada memória e verso”, destacou.
O jornalista reconhece as diferenças marcantes entre os dois estilos de escrita, mas acredita que ambos coexistem em sua trajetória profissional e pessoal. “Fazer jornalismo é paixão. Fazer poesia é amor. Aparenta ser igual, mas é muito diferente.”
Sobre seguir escrevendo poesia, ele não tem dúvidas: continuará. “Sim, pretendo continuar explorando a poesia, mas não consigo vê-la com os mesmos olhos que o jornalismo. O trabalho jornalístico é uma paixão que me gera riqueza. A poesia é o amor que brota do meu interior nos mais variados dias. É uma inspiração atemporal.”
Entre a notícia e o verso, ele mostra que é possível unir técnica e sensibilidade. E que, mesmo em tempos modernos, ainda há espaço para a poesia florescer.