
Na noite de sexta-feira (22), Kleyton Scheres Ramos, de 38 anos, morreu durante um confronto com policiais da Força Tática do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) em Campo Grande. A ocorrência foi registrada no Bairro Parque Novos Estados, onde Kleyton resistiu à abordagem policial, portando uma faca.
Kleyton tinha várias passagens pela polícia, incluindo acusações de roubo, furto, desacato, resistência, injúria, violência doméstica, ameaça e tentativa de homicídio. Um dos casos mais graves ocorreu em 2014, quando ele foi acusado de tentar agredir a madrasta com uma pedra, resultando em uma lesão na cabeça. O caso aconteceu na cidade de Bodoquena, e durante o julgamento, o crime foi desclassificado para lesão corporal, com condenação em regime aberto.
Em 2019, Kleyton cometeu um roubo no bairro Tiradentes, em Campo Grande. Ele agrediu um ambulante e roubou o dinheiro de sua venda de água. Antes de fugir, fez ameaças à vítima, que acionou a polícia. Kleyton foi localizado e preso posteriormente, confessando o crime.
Confronto com a Polícia
Na sexta-feira, uma equipe da Força Tática foi acionada após relatos de que Kleyton estava alterado e armado com uma faca em via pública, assustando os moradores do bairro. De acordo com testemunhas, ele parecia estar sob efeito de drogas ou álcool, com comportamento agressivo.
Quando os policiais chegaram ao local, encontraram Kleyton no portão de casa, visivelmente descontrolado. Ele não atendeu às ordens dos agentes e, ao ser abordado, correu para dentro da residência. A equipe entrou na casa, mas Kleyton retirou a faca da cintura e avançou em direção aos policiais, ameaçando-os verbalmente.
Diante da situação, os policiais afirmam que tentaram conter Kleyton, realizando um disparo de advertência, que não surtiu efeito. Com a aproximação do suspeito e a persistência da ameaça, um segundo disparo foi efetuado, atingindo-o. Kleyton foi imediatamente levado para a UPA Nova Bahia, mas não resistiu aos ferimentos.
Investigação do Caso
O caso foi registrado como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Cepol. A Polícia Militar justifica a ação alegando que não havia alternativa diante da atitude agressiva e da ameaça iminente à integridade dos policiais.