Governo planeja corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias, incluindo projetos sociais

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Ministro Fernando Haddad - Foto: Agência Brasil

Na noite da última quarta-feira (3), após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo prepara um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias de diversos ministérios. Essas medidas serão parte do projeto de lei orçamentária de 2025, a ser apresentado em agosto ao Congresso Nacional. Haddad destacou que os cortes podem ser antecipados por meio de contingenciamentos e bloqueios no orçamento deste ano.

“Nós já identificamos e o presidente autorizou levar à frente R$ 25,9 bilhões de despesas obrigatórias, que serão cortadas após os ministérios serem informados dos limites para o Orçamento 2025. Este número foi calculado detalhadamente, linha por linha do orçamento, para alinhar com os programas sociais estabelecidos para o próximo ano”, afirmou Haddad em declaração aos jornalistas após o encontro.

Desde março, equipes dos ministérios da área fim, junto com as pastas de Planejamento e Fazenda, têm analisado os programas e benefícios que serão afetados pelos cortes. Haddad também informou que novos bloqueios e contingenciamentos serão anunciados este mês, com o objetivo de cumprir o arcabouço fiscal do país.

Detalhes adicionais serão apresentados no próximo Relatório de Despesas e Receitas, marcado para 22 de julho. “Estamos aguardando os próximos dias para definir a extensão exata desses bloqueios, após o término do trabalho da Receita Federal”, completou o ministro.

Haddad reforçou o compromisso do governo em respeitar as leis que regem as finanças públicas do Brasil, incluindo a Lei Complementar que estabelece o arcabouço fiscal, aprovada no ano passado com a participação de todos os ministros. A declaração surge em um contexto de volatilidade do mercado financeiro, que viu o dólar subir significativamente recentemente, mas que mostrou alguma estabilização ao longo do dia com as declarações do ministro e do presidente.

Informações: Agência Brasil