Google lança função antirroubo para android no Brasil

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Google lança recursos antirroubo durante Google for Brasil 2024 (Imagem: Ana Marques/Tecnoblog)

Nesta quarta-feira (7), o Google anunciou o lançamento de uma nova função antirroubo para celulares Android, chamada oficialmente de Theft Protection Lock, mas popularmente conhecida como “modo ladrão”. A tecnologia, desenvolvida para identificar movimentos suspeitos associados a roubos, bloqueia automaticamente a tela do aparelho quando detecta que ele foi arrancado bruscamente das mãos do usuário, acompanhado de uma mudança repentina de velocidade.

A função foi lançada inicialmente no Brasil e está disponível para celulares com Android 10 ou superior. Para ativá-la, os usuários devem acessar a aba de configurações em seus dispositivos. A criação desse recurso foi motivada por visitas de executivos do Google ao Brasil, onde estudaram as táticas utilizadas por criminosos, como a chamada “gangue da bicicleta”, que se aproxima das vítimas em movimento para roubar os aparelhos.

A tecnologia utiliza inteligência artificial (IA) para medir a vibração e a aceleração do dispositivo, identificando fugas em diversos meios de transporte. Ao detectar movimentos que sugerem um roubo, a tela do celular é bloqueada e só pode ser desbloqueada com uma senha.

Bruno Diniz, líder do Android no Brasil, explicou em entrevista que o sistema foi projetado para priorizar a segurança, mesmo que isso resulte em alguns bloqueios acidentais. Segundo ele, é preferível lidar com falsos positivos a permitir que um roubo ocorra sem bloqueio, o que poderia levar a prejuízos significativos para o usuário.

Além da nova função, o Google também implementou melhorias na página android.com/lock, permitindo que os usuários bloqueiem seus dispositivos instantaneamente a partir de outro aparelho, caso sejam roubados, furtados ou perdidos. O objetivo é dar tempo para que o dono recupere sua senha e tenha acesso à localização do aparelho, bem como a possibilidade de excluir dados armazenados remotamente.

Essa novidade ainda está em fase de testes, com o Brasil sendo o primeiro país a experimentá-la.

*Pleno.News