
O gás de cozinha voltou a pesar no bolso dos sul-mato-grossenses. Em apenas quatro meses, o valor do botijão de 13 kg subiu de R$ 105 para R$ 130 em algumas regiões de Mato Grosso do Sul — um aumento de R$ 25. E o pior: a tendência é de que o preço continue subindo.
A partir desta sexta-feira (2), distribuidoras já anunciaram um novo reajuste de até R$ 3 no valor do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Em Campo Grande, o valor médio atual gira em torno de R$ 125, mas muitos pontos de venda ainda não atualizaram o preço com o novo acréscimo.
Uma das principais fornecedoras do estado, a Ultragaz, divulgou nota justificando os reajustes com base em mudanças na política de preços da Petrobras. Segundo a empresa, desde novembro de 2024, a estatal passou a realizar leilões de parte da oferta de GLP. Essa prática, intensificada em maio, elevou significativamente os custos. “Houve aumento no volume e no preço mínimo dos leilões, o que inviabilizou a absorção dos novos custos pelas distribuidoras”, informou a Ultragaz.
Dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) confirmam a escalada de preços. No início de 2025, o preço médio do botijão era de R$ 108 no estado. Em abril, já havia subido para R$ 111, com picos de até R$ 135 em algumas cidades. Em Campo Grande, o valor máximo registrado foi de R$ 120, antes do novo reajuste anunciado.
O aumento preocupa consumidores, especialmente os de baixa renda, que já enfrentam dificuldades para lidar com os custos básicos. Com o gás mais caro, muitos buscam alternativas como lenha, fogão elétrico ou até reduzem a frequência das refeições preparadas em casa.