Os moradores dos bairros Jardim Columbia e Nova Lima enfrentam uma situação que vai além da estética: fios soltos em postes têm causado transtornos e colocado em risco a segurança da população. Embora exista leis para regulamentar esse tipo de problema na Capital, e a fiscalização é ineficaz, o que agrava ainda mais a situação.
Eduardo Renan, de 33 anos, residente na Rua Pindaré, denuncia que as operadoras de internet realizam manutenções e deixam fios espalhados pelas vias. “Eles vêm, consertam o problema que precisam e deixam os fios largados. Isso é um descaso com a nossa comunidade”, lamenta.
Na madrugada do último sábado (4), a situação só piorou quando um caminhão passou pela Rua Pindaré e arrancou diversos fios de internet, deixando muitos moradores sem conexão.
Um empresário local, que prefere não se identificar, diz que a responsabilidade é das empresas de internet e não do caminhão. “Não culpo o caminhão, mas as prestadoras de serviço que deixam os fios baixos demais”, critica.
Além de prejudicar a conectividade, a desorganização dos fios nos postes contribui para uma sensação de abandono nos bairros, enquanto a população aguarda por soluções que garantam maior segurança e respeito à infraestrutura urbana.
NOTA DA ENERGISA
Em nota a Energisa informa que a ANEEL e ANATEL estabelecem responsabilidades para o uso compartilhado dos postes. A Energisa cede o espaço para os cabos de telefonia e internet, no entanto, é responsabilidade das empresas de telecomunicação fazerem a instalação e manutenção deste cabeamento, evitando cabos soltos ou muito baixos, e qualquer situação que coloque a população em risco.
Para os casos envolvendo risco a segurança, a Energisa notifica os ocupantes, dando prazo para regularização. Caso a regularização não seja realizada, será realizado a remoção dos ativos que estão fora dos padrões de altura cabo-solo.
Os canais de atendimento são aplicativo Energisa On, atendimento virtual pelo WhatsApp Gisa (gisa.energisa.com.br), site www.energisa.com.br e 0800-722-7272
LEGISLAÇÃO
A Lei Complementar nº 348, de 2019, de Campo Grande, prevê uma penalidade de R$ 500 para quem não resolver o problema de fios soltos e espalhados pelas ruas.
Em setembro de 2024, foi aprovado na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul o projeto de lei 287/2023, de autoria do deputado estadual Roberto Hashioka, que obriga as empresas de telecomunicação a removerem o cabeamento inativo.