O pai e o irmão do jovem Wellington Maris Coxev, de 23 anos, que foi assassinado no Jardim Columbia no dia 29/10, foram conduzidos para a delegacia na noite de ontem (27/11) após ameaçarem a suspeita do homicídio.
Segundo registro policial, inicialmente o irmão de Wellington foi até a casa da suspeita pelo crime, na rua Valpes, e sabendo do alvará judicial que concedeu liberdade provisória para a suspeita, ele foi tirar satisfações.
Chegando no local o irmão de Wellington disse a ex-cunhada que ele não aceita sua liberdade provisória e que ela estaria mentindo e omitindo a verdade real dos fatos, e neste exato momento a ex-cunhada correu para os fundos da casa com medo de ser agredida.
A irmã da suspeita pelo assassinato pediu para que o ex-cunhado parasse de perturbar e ameaçar sua irmã, momento que o mesmo repetiu; isso não vai ficar assim, sua irmã matou meu irmão. Após essa discussão ele foi embora.
A Polícia Militar foi acionada e durante a realização do atendimento da equipe policial, o pai e o irmão chegaram no local muito alterados e emocionados, pois não aceitavam a morte do ente querido e o fato da justiça conceder liberdade provisória para a suspeita do crime, conforme autos da 2ª Vara do tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
O pai informou aos agentes que foi atrás do filho com receio dele fazer alguma besteira, no entanto, o pai não conseguiu se controlar e acabou se exaltando, e no local, iniciou-se uma nova discussão. Vários palavrões foram proferidos contra a suspeita pelo crime e a paternidade da criança foi questionada – pois tomaram conhecimento de que a criança não era filho biológico do jovem assassinado.
Ambos os envolvidos foram conduzidos para a DEPAC ( Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Centro de Campo Grande.
ENTENDA O CASO
Um morador do bairro Jardim Colúmbia, de 23 anos, identificado como Wellington Mario Coxev, foi morto por golpes de faca, na madrugada deste sábado (29) no Jardim Columbia. A esposa da vítima, que está detida, assumiu autoria do crime e relatou à polícia que teria se defendido de agressões do marido.
Conforme o boletim de ocorrência, a esposa da vítima contou uma versão de início para os policiais de que a vítima chegou na residência na Travessa Pracuí, no bairro Colúmbia, já esfaqueado na região do abdômen durante a madrugada e pediu ajuda de um tio para levá-lo até à uma unidade de saúde.
Após investigação, a polícia foi informada pelo pai da vítima que os ferimentos teriam sido causados pela mulher. A suspeita foi localizada na casa da mãe e afirmou à polícia que durante uma briga, na qual ela havia sido agredida pela vítima com xingamentos e tapas no rosto e resolveu reagir
Ainda segundo declarações da autora, em um determinado momento a vítima teria pego uma faca de cozinha e partido em direção dela. Para se defender, ela também teria pego uma faca e, no momento em que a vítima se aproximou dela, a suspeita teria desferido um golpe no tórax do marido.
Ao notar que o esposo estava ao chão e ainda com sinais vitais, teria acionado vizinhos para ajudá-la a levá-lo até o CRS (Centro Regional de Saúde) Nova Bahia com perfuração no abdômen e tórax em situação grave.
Assim que chegou no hospital foram feitas várias tentativas de reanimação, mas Wellington não resistiu e foi a óbito.
O registro policial não detalha quantos golpes de faca atingiram o homem. A autora foi presa e levada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), no Centro de Campo Grande. Ela será ouvida pelo delegado de plantão. A esposa irá passar por audiência de custódia na segunda-feira.
Familiares da vítima disseram que a suspeita do assassinato é possesiva e já havia ameaçado esfaquear Coxev Antes