Exército da Bolívia invade Palácio Presidencial em tentativa de golpe

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Nesta quarta-feira (26), tanques do Exército e militares armados invadiram o palácio presidencial da Bolívia por ordem do comandante geral do Exército, Juan José Zuñiga, que ameaçou remover as autoridades do poder. Em uma entrevista à TV local, Zuñiga afirmou que “as coisas vão mudar” no país e que um novo gabinete de ministros será estabelecido.

Unidades do Exército foram vistas em praças e ruas de La Paz. O presidente boliviano, Luis Arce, denunciou a tentativa de golpe de Estado e apelou pelo respeito à democracia.

“Denunciamos mobilizações irregulares de algumas unidades do Exército boliviano. A democracia deve ser respeitada”, declarou Arce na rede social X (antigo Twitter).

O vice-presidente, David Choquehuanca, também emitiu um comunicado pedindo à comunidade internacional que se manifeste contra o golpe militar.

“Denunciamos à comunidade internacional que na Bolívia está ocorrendo um golpe de Estado contra nosso governo democraticamente eleito”, afirmou Choquehuanca.

Apoio Internacional

Héctor Arce, representante da Bolívia na Organização dos Estados Americanos (OEA), alertou sobre a “situação de emergência” no país após a movimentação das tropas militares em frente à sede do governo.

“Esta é uma situação de emergência. Não temos golpes militares na América Latina há mais de 40 anos, e peço que isso seja encarado com a devida responsabilidade e seriedade pela Organização dos Estados Americanos, cujo objetivo supremo deve ser sempre a defesa da democracia”, disse Arce.

A situação na Bolívia continua tensa, com a comunidade internacional observando atentamente os desdobramentos do evento.