O Conselho de Ética da Presidência tomou a decisão de conceder à ex-ministra do Esporte, Ana Moser, uma quarentena remunerada, no valor de pouco mais de R$ 41 mil, após avaliar a possibilidade de conflito de interesse em sua volta ao setor privado. A deliberação foi feita pelo colegiado nesta quarta-feira, dia 27.
Durante os próximos seis meses, Ana Moser continuará a receber seu salário anterior como ministra, no montante de R$ 41.650,92. Esse procedimento é padrão para todos os ex-ocupantes de cargos de alto escalão na administração pública, com o objetivo de evitar a utilização de informações privilegiadas em favor de interesses privados em detrimento do interesse público. Esse período é comumente conhecido como “quarentena”, conforme detalhado no site oficial da Presidência da República.
Outros ex-membros do governo, como Paulo Guedes e Marcelo Queiroga, ministros da Economia e da Saúde, respectivamente, durante o governo de Jair Bolsonaro, também passaram pelo mesmo processo de quarentena remunerada.
Vale destacar que o Ministério do Esporte está sob a liderança de André Fufuca, do partido PP, desde o último dia 13. Sua nomeação representa a inclusão do PP no governo em busca de maior apoio no Congresso, após meses de intensas negociações entre o Planalto e os partidos do Centrão.
Ana Moser tornou-se a terceira ministra a deixar o governo de Lula. A primeira foi Daniela Carneiro, responsável pelo Ministério do Turismo, e o segundo foi o general Gonçalves Dias, chefe do Gabinete de Segurança Institucional.
Em resposta ao UOL, a ex-ministra Ana Moser destacou que a consulta ao Conselho de Ética era uma obrigação legal e que não tinha comentários adicionais a fazer sobre a decisão. Ela enfatizou que não poderia compartilhar informações e relações que teve durante o exercício de sua função.
(*) Com informações do Uol.