“Estou implorando por ajuda”, diz mãe que precisa realizar uma cirurgia ortopédica na filha com Síndrome de Down

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Amor de mãe é algo indescritível, principalmente quando se trata de um filho especial como a pequena Mariana, de 5 meses, que tem lutado para conseguir uma cirurgia de correção nos pés.

Mariana Alves Acosta nasceu com Síndrome de Down e com os pés tortos congênitos, que é uma alteração ortopédica que ocorre ainda na fase de desenvolvimento embrionário, e se não for tratado a criança terá dificuldade em se locomover quando for grande.

Dayane Alves, 32 anos, mãe da pequena Mariana, relatou ao Nova Lima.News que há 5 meses tem buscado ajuda dos órgãos de saúde responsáveis, mas sem sucesso. “Minha filha precisa fazer uma pequena cirurgia antes de iniciar o tratamento com gesso,  método Ponseti, que usa alongamento suave e moldagem de gesso para corrigir gradualmente a deformidade, até o pezinho voltar no lugar”, explica.

Dayane e a pequena Mariana – Foto: arquivo pessoal

A preocupação maior da família de Mariana é a demora no atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), pois conforme disse a mãe, a pequena pode ficar com sequelas e não conseguir andar direito.

“Muito triste saber que tem tanta burocracia para uma coisa que é de direito, um descaso com as mães que tem filhos especiais, porque sei que não sou a única. Já procurei a ajuda da APAE de Campo Grande e eles só me pedem exames e me falam que existe uma fila de espera, pedem para retornar com os exames feito mas não tenho respostas de nada. Quero uma solução porque a Mariana já vai fazer 6 meses e pagar um médico particular vai além do nosso alcance”, desabafa Dayane.

A família não tem previsão de quando conseguirá uma vaga no Hospital Regional de Campo Grande (único hospital público habilitado para a cirurgia reparadora), mas está lutando para que seja o mais breve possível. “É muito difícil ver sua filha desse jeito e sabendo que se demorar muito terá seqüelas permanentes. Mas vou onde tiver que ir para lutar pelo direito da minha filha, vamos juntar forças e nos unir para conseguir essa cirurgia”, conclui.

Hospital

A equipe do Nova Lima.News entrou em contato com o setor de comunicação do Hospital Regional para saber como é feito o  processo de cirurgia ortopédicas em crianças especiais e também sobre a fila de espera, mas até o fechamento da matéria não tivemos retorno.

Defensoria Pública

Dayane entrou com um pedido na Defensoria Pública do Estado para a realização da cirurgia da pequena Mariana e durante a audiência que foi realizada nesta quarta-feira (26), a mãe foi informada que falta um exame a ser realizado para que a criança possa realizar a cirurgia no HR.