Anúncio no Nova Lima News: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MATO GROSSO DO SUL

“Essa obra não é para elas. Estou perplexo que crianças estejam vendo”, diz criador da série “Round 6”

Compartilhe:

Hwang Dong-hyuk, criador e diretor de “Round 6”, concedeu sua primeira entrevista ao Brasil ontem, 09, sobre a série. Tem sido uma batida louca de chamadas de vídeo para o mundo todo desde 17 de setembro, quando a produção estreou mundialmente na Netflix e, num boca a boca veloz, virou a série mais vista do serviço de streaming em 90 países.

“Não previ esse nível de sucesso. Estou animado, mas assustado também. Há três semanas, vivo uma montanha-russa emocional”, disse o cineasta.

Durante conversa com entrevistadores, Hwang Dong-hyuk disse estar espantado com o fato de crianças e adolescentes consumirem o conteúdo da série — seja pelo próprio streaming (no Brasil, a classificação é 16 anos, e a Netflix tem mecanismo de controle parental), ou virais no TikTok, Instagram e YouTube.

“Não estou em nenhuma rede social, então nem pensei na possibilidade de crianças assistirem por essas mídias. Essa obra não é para elas. Estou perplexo que crianças estejam vendo. Espero que os pais e os professores ao redor do mundo sejam prudentes para que elas não sejam expostas a esse tipo de conteúdo”, alerta o diretor. “Mas, se já viram, espero que os adultos as ajudem a entender o significado do que está por trás da tela. Torço para que haja boas conversas”, declara Hwang.

Brasil

No Brasil, pais e escolas estão apavorados com a curiosidade dos pequenos acerca de uma obra com cenas de assassinato, suicídio e tráfico de órgãos.

A cantora gospel Cristina Mel alertou os pais sobre a série, “Eu queria alertar os pais, porque as crianças estão falando sobre isso. Inclusive, minha filha Isabela, quando eu cheguei de viagem, comentou, e eu disse “filha, isso não é para criança ver”. E tem crianças de 7 e 8 anos assistindo”, disse.

Cristina continua, “Se você tem um filho adolescente e ele quer muito assistir, então senta do lado dele e comente: “Olha isso não é normal, porque a vida não é uma brincadeira, não é um game, não dá para restartar quando alguém morre”.

Por: Alzira Gavilan