
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) deflagrou, nesta segunda-feira (10), a Operação Occulto, com o objetivo de combater um esquema de desvio de mais de R$ 8 milhões destinados ao atendimento de pessoas ostomizadas. A ação, liderada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), cumpriu um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Campo Grande e Camapuã.
Segundo a investigação, o ex-coordenador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Grande, em conluio com outras pessoas, utilizou empresas de fachada para simular vendas de produtos à rede pública de saúde. Esses recursos, provenientes da Secretaria de Estado de Saúde, deveriam ser utilizados para beneficiar pacientes ostomizados, mas foram desviados para interesses pessoais.
O esquema envolvia também práticas de lavagem de dinheiro, com os investigados utilizando diferentes métodos para ocultar a origem dos valores. Um dos investigados, que já estava sob medidas cautelares, tentou obstruir a justiça, removendo cerca de R$ 500 mil de sua posse, burlando ordens judiciais de sequestro de bens.
A operação recebeu o nome de “Occulto” devido às ações para ocultar o dinheiro desviado e também em referência a uma tentativa do ex-coordenador da Apae de solicitar cidadania italiana, sugerindo a intenção de deixar o país.
Além do GAECO, o Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) também participou da operação.