
O ex-diretor-presidente da Agetran, Janine de Lima Bruno, negou nesta segunda-feira (20) que tenha favorecido o Consórcio Guaicurus para que operasse no lucro durante o período em que esteve à frente da agência.
“É óbvio que não”, afirmou ao ser questionado pelo vereador Coringa durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do transporte coletivo, realizada na Câmara Municipal de Campo Grande.
Janine comandou a Agetran por mais de sete anos e deixou o cargo em abril de 2024. Ele prestou esclarecimentos como testemunha e compareceu acompanhado de sua advogada. A CPI apura possíveis irregularidades na gestão do transporte público na capital.
Durante a oitiva, o ex-diretor também negou que o consórcio tenha influência sobre a definição das tabelas e ordens de serviço dos ônibus. “A gente é extremamente técnica”, disse. Segundo ele, enquanto esteve na direção, a agência buscou manter o sistema funcionando da forma correta. “A gente põe o sistema coletivo urbano da cidade de Campo Grande para rodar da maneira correta técnica”, completou.
Sobre a relação com a empresa, Janine declarou: “Eu estive preocupado com o usuário e com o sistema. O Consórcio que se vire”. A investigação foi motivada por reclamações da população sobre ônibus velhos, atrasos, sujeira e falhas nas linhas — especialmente nos fins de semana, quando muitos veículos não circulam conforme o previsto.
Assista ao vivo:
A CPI segue com seus canais de comunicação abertos para a população. Até o momento, 470 queixas contra o serviço foram protocoladas. Denúncias podem ser enviadas para o WhatsApp (67) 3316-15-14, pelo e-mail [email protected], ou através de um formulário anônimo disponível no portal da Câmara Municipal.
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