Covid-19: China registra maior número de casos em seis meses e descarta flexibilização

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A China reportou neste fim de semana seu maior número de casos de covid-19 em seis meses. Segundo informações da AFP, mesmo com o confinamento e outras medidas restritivas, que estão afetando a indústria e a economia, o país registrou mais de 5.600 novos testes positivos para o vírus — metade se concentra na província de Cantão, centro industrial com importantes portos comerciais. 

Desde o início da pandemia do coronavírus, a China tem aplicado sua política de ‘covid zero’, a fim de conter o avanço da doença. Em outubro deste ano, autoridades de saúde de Pequim decidiram reforçar algumas restrições e, além da testagem em massa, aumentaram as quarentenas e confinamentos em complexos residenciais. O registro de novos casos da doença distancia ainda mais uma esperança de flexibilização, algo que foi confirmado pelo governo chinês durante coletiva de imprensa realizada no sábado (5).

Durante o mês de agosto, a região de Shenzhen, no sul da China, também fechou o mercado de eletrônicos Huaqiangbei, considerado o maior do mundo, na tentativa de conter o avanço do vírus. O serviço em 24 estações de metrô nos distritos centrais de Futian e Luohu também foi suspenso na época.

Embora o método restritivo já seja conhecido pela população do país, uma onda de críticas aos confinamentos está sendo feita. Ainda conforme a agência de notícias, há inúmeras denúncias de condições inadequadas, falta de comida e demora no atendimento médico. 

Diante do cenário de limitação, a Apple chegou a informar por nota, no domingo (6), que sua produção de iPhones será “impactada temporariamente” devido às restrições, já que o confinamento chegou à maior fábrica de iPhones do mundo, que fica na China, em Zhengzhou. A big tech também alertou aos compradores que possivelmente enfrentarão um atraso para receber os aparelhos.

Vale destacar que, com a chegada do fim do ano, especialistas voltam a alertar para o aumento de casos de covid em todo o mundo. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, a tendência de alta, que já avança na Ásia, Europa e EUA, já pode ser sentida no número de novos casos e internações.

Com informações do Olhar Digital

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