
O Consórcio Guaicurus, responsável pela operação do transporte público de Campo Grande, move ação na Justiça contra o município para obter o reajuste da tarifa de transporte. A empresa alega desequilíbrio financeiro e justifica a necessidade de aumentar o valor da passagem.
Atualmente, a tarifa pública é de R$ 4,75, enquanto a tarifa técnica — que representa o custo real do serviço — é de R$ 5,95. A empresa defende que o valor da tarifa técnica seja elevado para R$ 7,79, com parte do custo sendo subsidiado pelo município.
Paralelamente, a gestão da prefeita Adriane Lopes encaminhou à Câmara Municipal o Projeto de Lei Complementar nº 947/2024, que isenta o Consórcio Guaicurus do pagamento do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) em 2025.
A proposta foi aprovada por 24 dos 29 vereadores, em uma medida criticada por parte da população e por dois vereadores, Luiza Ribeiro (PT) e André Luis (Novo), que questionaram a falta de transparência e o impacto na tarifa pública.
Com a aprovação do projeto, o Consórcio Guaicurus terá benefícios fiscais, mas a empresa segue lutando na Justiça para aumentar o valor da tarifa, o que pode resultar no repasse desse custo para os usuários.
Se a tarifa técnica subir para R$ 7,79, o município pode não conseguir cobrir a diferença, fazendo com que o aumento seja transferido diretamente para os passageiros. Apesar dos benefícios fiscais, a qualidade do serviço de transporte público permanece criticada, com ônibus velhos, superlotados e sem condições adequadas de conforto, como a falta de ar condicionado.
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