
Um tribunal de West Shire, no Reino Unido, decidiu que chamar um homem de careca no local de trabalho é equivalente a assédio sexual. A ação julgada por um colegiado composto por calvos foi aberta pelo ex-funcionário de uma empresa em West Yorkshire, que sofre de alopecia. As informações são da CNN.

Tony Finn, o requerente, disse ter sido chamado de “careca de m****” por um supervisor chamado Jamie King, gerando constrangimento. De acordo com um relatório da última quinta-feira (12), o juiz Jonathan Brain considerou que a ofensa é diretamente relacionada ao sexo masculino, pois a “perda de cabelo é muito mais comum entre os homens do que as mulheres”.
O advogado da empresa chegou a tentar argumentar sobre as mulheres também poderem ficar carecas, mas o juiz sustentou que é inerente aos homens.
Em nosso julgamento, há uma conexão entre a palavra “careca”, por um lado, e a característica protegida do sexo, por outro. Achamos que está inerentemente relacionado ao sexo masculino. (…) Assim também, é muito mais provável que uma pessoa que receba uma observação como a feita pelo Sr. King seja do sexo masculino – proferiu o juiz.
“Esta é uma linguagem forte. Embora, como descobrimos, a linguagem industrial fosse comum nesta fábrica de West Yorkshire, em nossa opinião, o Sr. King cruzou a linha ao fazer comentários pessoais ao reclamante sobre sua aparência”, continuou.
Finn acabou sendo demitido, pois seu filho relatou o episódio ao jornal da Polícia de West Yorkshire. Os donos da empresa entenderam que teria sido uma denúncia formal à polícia. O tribunal chegou à conclusão que a demissão foi injusta, após 24 anos de trabalho prestados por Finn à empresa. Uma possível indenização será determinada posteriormente.