Bancários realizam protesto em frente a banco e distribuem cachorro-quente em ato simbólico

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Foto: Assessoria de imprensa

Nesta segunda-feira (19), o Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região realizou um protesto em frente à agência do Bradesco, na esquina das avenidas Afonso Pena com Calógeras. A mobilização, intitulada “Cachorrada dos Bancos”, começou às 8h30 e teve como objetivo pressionar as instituições financeiras a apresentarem uma proposta de reajuste salarial que valorize a categoria.

Durante o ato, os bancários distribuíram cachorro-quente para a população e clientes do banco, como forma simbólica de denunciar a postura das instituições financeiras. Segundo o sindicato, apesar dos lucros bilionários — R$ 29 bilhões apenas nos primeiros três meses de 2024 —, os bancos têm oferecido reajustes que precarizam os direitos e rebaixam os salários dos trabalhadores.

A ação faz parte de uma série de protestos iniciados na noite de domingo (18), com a colagem de cartazes nas principais agências bancárias do centro de Campo Grande. O presidente do sindicato, Rubens Jorge Alencar, criticou a postura dos bancos, ressaltando o crescimento significativo dos lucros nos últimos anos. “Com resultados tão expressivos, não há justificativa para não atenderem às reivindicações dos bancários”, afirmou.

A categoria, que está há dois meses em negociação com a Federação dos Bancos (Fenaban), busca a reposição da inflação e um aumento real de 5% nos salários, na PLR e em outras verbas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho. Além disso, os bancários exigem melhores condições de trabalho e a manutenção dos direitos conquistados.

Os manifestantes também denunciaram o fechamento de agências e a eliminação de postos de trabalho, que, segundo o Dieese, resultaram no fechamento de mais de 6 mil vagas em 2023. Desde 2019, mais de 3 mil agências bancárias foram encerradas em todo o país.

Rubens Alencar destacou que é “inadmissível” que os bancos continuem acumulando lucros enquanto promovem o desmonte do atendimento bancário, prejudicando principalmente aqueles que mais dependem desses serviços. Ele enfatizou que, ao mesmo tempo em que se beneficiam de lucros exorbitantes, os bancos não têm contribuído para a manutenção do emprego no país.

*Assessoria de imprensa