
Enquanto as projeções indicam o envelhecimento da população brasileira, a parcela mais significativa da força de trabalho parece estar concentrada nos mais jovens. Essa tendência foi observada em maio, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados).
No mês em questão, o grupo composto por pessoas de 18 a 24 anos foi o que registrou o maior crescimento em comparação a abril. Dos 155.270 empregos com carteira assinada criados no país, 68% (106.408) foram ocupados por indivíduos nessa faixa etária.

Os 32% restantes foram distribuídos entre as demais faixas etárias. No entanto, o grupo que mais se aproximou do grupo majoritário foi o de brasileiros com até 17 anos, que preencheram 19.946 vagas (12%). Em resumo, os indivíduos com até 24 anos representaram 81% (126.354) dos contratados em maio, no setor de emprego formal.
Quando analisamos o período de janeiro a maio, constata-se que os jovens brasileiros dessa faixa etária correspondem a 76% dos contratados, de acordo com a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho). Dos 865.360 empregos formais criados neste ano, 662.806 foram preenchidos por jovens.
Dentre esses números, a maioria, ou seja, 542.381 jovens, possuía formação de ensino médio, completo ou incompleto. Já aqueles que estavam cursando ou já haviam concluído o ensino superior totalizaram 71.584.
Quanto à distribuição de gênero ao longo do ano, 58,5% dos jovens contratados eram homens, enquanto 42,5% eram mulheres. Essa proporção é semelhante à encontrada na população brasileira em geral, no contexto da CLT em 2023: 58,8% de homens e 41,2% de mulheres.